segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cidadania


                Certa vez estava na casa de um amigo. Ele estava jogando baralho online com outras três pessoas, e estávamos esperando uma tia dele chegar para nos levar ao centro espírita que frequentamos. Ela chegou e ele, no meio do jogo, fechou a janela. Chamei a sua atenção:

                _Como que você sai desse jeito? Nem avisou pras outras pessoas que tinha que sair!
                _Cara, é só um jogo! Não tem importância nenhuma!
                _Claro que tem! Você estava interagindo com três pessoas que, agora, tiveram que parar o jogo pra começar outro, com outra pessoa. Você estragou a diversão delas!
                _Ih, deixa de ser chato. Tô nem aí pra elas, nem conheço.

                Fiquei observando-o no centro, aquele dia. Rezando, entrando nos debates, falando sobre coisas boas. Fiquei pensando... De que será que adianta ir a um local religioso, de qualquer religião, e só dentro daquele local fazer o bem? De que adianta não aplicar nada daquilo na vida prática?

                Prestei vestibular na UFG em junho de 2009, pra treinar. Uma das questões da prova de biologia da segunda fase pedia para dar dois exemplos de coisas que poderiam, segundo o código internacional de cores da reciclagem, estar em latas de lixo azuis, amarelas, verdes, vermelhas e marrons. Fiz a questão rindo, impressionado que tivesse caído algo tão fácil na prova. O que me surpreendeu foi a repercussão da questão: altíssimos índices de erro. Eu estava na porta esperando minha mãe chegar e ouvindo o pessoal comentar: “verde é plástico, né?”. Tive uma discussão com um professor, que afirmava que a questão tinha que ser anulada. As pessoas preferem responder uma questão sobre nome e função de vinte enzimas a mostrar que podem ser cidadãs.

                É tão difícil assim se preocupar com o próximo? Tenho medo de pensar no número de pessoas que não está nem aí para a humanidade. Quantas seriam? 20%? Pouco... 40%? Ainda ta pouco... 80%? Assustador, mas ainda não ta legal... 99%? Pessimista, mas quem sabe, não é mesmo? Melhor não pensar nisso...

14 comentários:

  1. nossa
    mt bom
    eu diria q e 99,5% rs

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  2. Po gostei do seu blog, bem formal para um jovem, talvez vc fassa a diferença rs...
    eu to deixando esse breve comentario pq éra minha vez em uma comunidade ae de blogger mais qual quer hora eu volto e deixo um coments mais concreto, vlw e boa sorte.

    http://nathantgp.blogspot.com/

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  3. São poucos os que se preocupam com os outros.

    http://caoguro.blogspot.com/

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  4. É cara, infelizmente esse é o mundo onde vivemos...
    As pessoas só olham pra si próprias, não se importam com as conseqüências que as atitudes delas vão causar ao próximo.
    Muito bom o teu texto! Parabéns.

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  5. É um caso sério mesmo, mas é o que tem pra hoje

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  6. Ahh, poucas ações adicionadas à grandes intenções, devem, de alguma forma, influenciar...eu acho!

    Você escreve bem...o tema é de importância...Parabéns pelo blog! Minha passada aqui não foi em vão!!

    ^^

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  7. Belo post, cara.
    Adoro esse tema, e concordo contigo.
    As pessoas não estão nem aí umas com as outras, só querem pisar um em cima do outro, e isso está dentro do ser humano. A competição, necessidade de espaço, superioridade, sempre estará conosco, e por isso que o mundo nunca evolui, só regressa.
    Parabéns pelo blog. Estou te seguindo, e acho que você deveria postar mais;
    Abraço!

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  8. Cara, cada dia que passa parece que fica pior.
    Com tanta informação, com todas as áreas evoluindo as pessoas parecem que só regridem.
    É tenso viu.

    Não querendo falar mal de religião alguma, mas gente que mais a gente assim é crente, que pqp. Fala mal das atitudes dos outros, enchem o saco, mas são os piores.

    Enfim.

    A única solução é cada um se conscientizar e agir por si, mas isso parece que é impossível.
    Pelo menos, eu sei que faço a minha parte.

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  9. Concordo com tudo. É impressionante como as pessoas se preocupam com inúmeras "banalidades", e nem ao menos se importam em ter consciência.

    É como você falou, são poucos os que são verdadeiros cidadãos.

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  10. Hoje encontrar pessoas que se preoucupe é só na hora de falar da nossa vida alheia para outras,ou seja fofocas...

    Gostei do texto, simples e bem objetivo.
    Abraçoos.

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  11. Legal, seu blog é bem tematizado para o público jovem!

    http://cemiteriodaspalavrasperdidas.blogspot.com/2011/01/maldicao-do-amor-outra-face-da-logica.html

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  12. Olha... é melhor eu nem entrar nessa questão de religião e colocar em prática porque eu me estresso com isso. Acho um absurdo!!!!! Fui coordenador de um grupo de jovens e chegou a um ponto que eu precisava me colocar no meio espiritual novamente. Para isso disse que iria me afastar dos compromissos e repensar minha fé. Nesse tempo aprendi muitas coisas sobre Deus que não vem ao caso, exceto uma delas: ser você em todos os lugares. Comecei a perceber que muitas pessoas se ajoelhavam perante o altar com toda pinta de religiosos e depois se ajoelhavam de tanto beber, caindo na manguaça, fazendo o maior arruaceiro. Não critico ninguem por isso, cada um tem que cuidar do seu próprio nariz. Mas isso dá uma cara de falta personalidade. Você não acaba sendo o mesmo sempre, mas acaba se tornando uma pessoa diferente em cada lugar. Foi aí que pensei que na verdade a religião está se tornando um meio de acomodação.

    Abraços do Pelarau

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  13. Não sei se é melhor não pensar, mas talvez seja bem mais agradável... existem cabeças que não mudam. De certa maneira, é triste assistir a toda essa degradação na qual as pessoas afundaram.

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